Maloca Ecumênica: evento reúne importantes lideranças cristãs da Amazônia

Lideranças e membros de diferentes igrejas reunidos na "Maloca Ecumênica".

 No último sábado (18) realizou-se no Centro Mariápolis Glória, na cidade de Benevides-PA, a primeira edição da "Maloca Ecumênica", evento que reuniu importantes lideranças cristãs da amazônia para o debate acerca do papel das igrejas e comunidades na promoção da justiça climática na região.

Membros de diversas entidades religiosas estiveram presentes, assim como parlamentares e organizações que atuam em locais estratégicos da região.

Para o Reverendo Antonio Silva, pastor presidente da Comunidade Evangélica Reformada da Amazônia (Comunidade Hesed), o evento significou um importante passo para a união de esforços no tocante ao enfrentamento dos desafios socioambientais na Amazônia. "Somos membros de diferentes entidades religiosas, cada uma com sua identidade e governança própria, porém, temos algo essencial em comum: o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e os pés fincados no mesmo território. Partilhamos da mesma casa comum! Portanto, é mister darmos as mãos em defesa da mãe Amazônia e dos povos que nela habitam, sem olhar as diferenças!" - afirmou o líder evangélico, em entrevista à Rádio Hesed.

A Maloca Ecumênica consistiu em um evento emblemático e repleto de significados. Idealizado pelo movimento dos Focolares e amplamente apoiado pela Rede Amazonizar, o encontro exasperou seu caráter vanguardista, e marca a caminhada ecumênica das igrejas da região. Tendo como princípio de comunhão, não apenas as entidades eclesiais, mas também, o diálogo inter-religioso, abrangendo comunidades de matriz africana, indígenas, dentre outras. 

"Somos como se fosse uma "bomba atômica". Temos um importante papel na proteção da Amazônia, pois as igrejas possuem enorme capilaridade, adentrando espaços microfísicos na geografia da região" - Afirmou Charles Alberto, sociólogo, membro do movimento dos Focolares e um dos principais articuladores do evento.

O termo "Maloca Ecumênica" é um representativo de comunhão, partilha e fraternidade. Maloca é um substantivo feminino que significa uma "grande casa indígena". A escolha foi estratégica e reflete não somente a gênese do coletivo, mas também a mística do movimento, que planeja gerar impacto macro-regional ao ampliar as frentes de debate antes, durante e após a COP 30. Importante conferência pelo Clima, que se realizará ano que vem na capital Belém.

A ampla frente de coalização pela amazônia, também movimenta empresas lideradas por membros cristãos, que procuram agregar em sua proposta de negócio, estratégias de ESG e a busca por certificações, como o Selo "B". Que é uma certificação conferida pelo Movimento B a organizações submetidas à avaliação de impacto, que mensura sua contribuição para a sociedade e a vinculação das atividades realizadas às metas dos ODS da Agenda 2030 da ONU. Já são mais de 5 mil empresas espalhadas pelo mundo, que se tornaram elegíveis ao Selo B. 

Rogamos as bênçãos de Deus e a condução da Divina Ruah para que o propósito da Maloca Ecumênica seja alcançado e produza frutos de abundância!

Texto: Assessoria de Comunicação (ASCOM)

Portal da Comunidade Evangélica HESED